Palesta de Abertura: Masculinidade e nordestinidade no forró contemporâneo.
O forró é uma música reconhecida nacionalmente como característica do Nordeste, que processa ideias contraditórias e polêmicas sobre a região, atravessadas pela oposição entre "pé de serra" e "eletrônico". Na narrativa estereotipada, o Nordeste aparece como terra de machos viris e valentes, lugar da autenticidade e da simplicidade. Esse referencial idílico e tradicionalista é tensionado por suas práticas culturais atuais, que revelam um Nordeste mais diversificado e cheio de conflitos, onde as noções de festa, alegria e safadeza são reprocessadas através de sonoridades e práticas culturais diversas. Currículo resumido:
Felipe Trotta é professor do Departamento de Estudos Cultuais e Mídia da UFF e pesquidador do CNPq e Faperj. Doutor em Comunicação e Mestre em Musicologia, foi vice-presidente da Seção Latinoamericana da International Association for Study of Popular Music (IASPM-AL, 2010-2014) e editor da revista E-Compós (2009-2013). É autor de vários artigos sobre música e sociedade e dos livros "O samba e suas fronteiras" (Ed. UFRJ, 2011) e "No Ceará não tem disso não: nordestinidade e macheza no forró contemporâneo" (ed. Folio Digital, 2014).
Palestra: Capas de disco nos anos 1970: os casos das gravadoras Philips e Continental.
O ponto de partida é a ideia de que capas de disco podem representar visualmente alguns valores da obra gravada. No caso de artistas da MPB com perfis experimentais do início dos anos 1970, em especial das gravadoras Philips e Continental, suas capas traduziram visualmente seus projetos estéticos, num contexto político de exceção e de efervescência da contracultura. Mais que embalagem comercial, os álbuns têm de ser considerados como elementos de mediação estética, de gosto e de consumo da canção nas mídias. Os artistas citados serão Caetano Veloso, Gal Costa, Walter Franco, Tom Zé, Secos e Molhados e Novos Baianos.
Herom Vargas Universidade Metodista de São Paulo – PósCom-UMESP